O ex-prefeito de Guarapuava, César Silvestri Filho, trocou em janeiro a presidência do Podemos do Paraná para concorrer ao governo do Estado pelo PSDB. Ele diz que tomou a decisão de mudar de partido depois de perceber que a sua antiga legenda deixou de priorizar a eleição para o Palácio Iguaçu em favor da pré-candidatura à reeleição do senador Alvaro Dias.
Silvestri Filho acredita que há espaço para uma “terceira via” na disputa estadual que quebre a polarização entre o governador e pré-candidato à reeleição, Ratinho Júnior (PSD) e o ex-governador Roberto Requião (PT). Até porque, aponta, ao contrário do que acontece na eleição presidencial, no Paraná, a “terceira via” não está congestionada por candidaturas pulverizadas.https://94cfd3f3c6acb4eb8ae1acfe1d39fb5a.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Em entrevista ao Bem Paraná, o ex-prefeito explica porque considera que o governo Ratinho Jr envelheceu precocemente, e porque acredita que seu nome pode atrair o eleitorado que busca uma alternativa ao atual governador e ao pré-candidato do PT.
Bem Paraná O senhor deixou o Podemos em janeiro e se filiou ao PSDB. Porque deixou o partido e porque escolheu o PSDB?
César Silvestri Filho – Eu vim me preparando para ser candidato ao governo desde a eleição passada. Eu entrei no Podemos a convite na época para construir a candidatura ao governo no partido, trabalhei por dois anos como presidente estadual, levando essa ideia da candidatura ao governo e inclusive estruturando o partido no Estado para esse propósito. A medida que eu percebi que a candidatura ao governo deixou de ser prioridade para o partido no Estado, eu acabei recebendo do PSDB o convite para apresentar a candidatura, até porque isso fazia parte de uma estratégia nacional do partido de construção de palanques no Estado. E eu decidi aceitar esse convite porque o meu objetivo era apresentar uma candidatura ao governo. O PSDB foi o partido que fez o gesto, que assegurou as condições de construir a candidatura com independência.
BP – O Podemos e o PSDB integraram a base do governo Ratinho Jr. O que mudou para o senhor se colocar agora como um candidato de oposição?
Silvestri Filho – O PSDB nunca teve cargos no governo. Nunca foi formalmente da base. O que houve foi um processo de cooptação natural de alguns deputados para integrarem a base de apoio ao governo na Assembleia. E esses deputados foram os primeiros que saíram, inclusive, quando o partido decidiu por apresentar uma candidatura própria. O PSDB nunca teve um representante do partido no governo, que militasse ou constrangesse a atitude do partido de apresentar uma candidatura própria. Não mudou nada. O Podemos também não ocupava espaço no governo. Tanto que eu estava no Podemos desde sempre me apresentando como pré-candidato ao governo. Não houve essa mudança. Da minha parte sempre existiu com clareza o propósito de apresentar uma candidatura ao governo, levando a nossa visão, o meu legado como Executivo, como ex-prefeito bem avaliado por dois mandatos. Eu sempre tive isso como propósito claro de apresentar isso no cenário da política do Paraná. Tanto é verdade que depois que o Podemos deixou de priorizar isso e passou a priorizar a candidatura ao Senado, eu acabei indo para o PSDB que assim como eu entende que o Paraná precisa de uma candidatura que nos liberte dessa polarização construída pelo Ratinho Júnior e o PT.
TRUNFO
‘Minha rejeição é a menor’
Bem Paraná – O PSDB perdeu quadros após essas mudanças, com saída de deputados. Qual o balanço que o senhor faz desse processo.
César Silvestri Filho – Nós perdemos dois deputados que já eram alinhados ao governo. O presidente da Assembleia (Ademar Traiano), que tudo leva a crer, continuará sendo presidente se o Ratinho Jr for governador. Existe um acordo entre eles. Então é natural que o Traiano seguisse o governador por conta desse atendimento. E um outro deputado estadual (Paulo Litro) que já tinha compromissos com o governador e foi para o partido do governador. Por outro lado nós trouxemos dois deputadas, a Mabel Canto e minha mãe, a Cristina Silvestri.
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